Rádio Web toada

8 de março de 2012

Sou a cultura e arte de um povo milenar,só vocês que não enxergam isso!


Ainda,Branco,
que com todas as tuas armas , força e poder
Tentes intimidar meu povo,
Ainda que ceife a vida de meus curumins,
E Que queime, maltrates e mates meus irmãos,
Nós não iremos nos amedrontar
Pois já estamos acostumados  a contemplar
o que és capaz de fazer.
Mostramos nesses cinco séculos
de horrores , mortes , furtos de nossas terras e
desrespeitos,que a resistência corre em nossas veias
e que pulsa em nossos corações,
a vontade de sermos  LIVRES… como um Dia Fomos.

Está em nosso sangue defender o que é nosso ,
está na nossa alma indígena,
Amar e respeitar a nossa Floresta.
Nunca sairemos de nossas terras !
Nunca ! Quer por Força ou por preço de morte,
vocês não nos tirarão de nosso Chão …
Essa Terra e esse Solo, são Sagrados para mim
e foram para meus Ancestrais.
Respeitamos nossa Cultura,
e obedecemos as tradições que nossos anciões nos ensinaram.
Somos donos por direito dessa imensidão verde,
Deste imenso rio.
Pois aqui vivíamos muito antes de vocês chegarem.

É dessas terras que tiro o meu sustento.
É desse verde que garanto minha caça.
Desses rios que serpenteiam a mata
é que nos banhamos e ganhamos Vida.
Nós amamos nossa terra, nosso rio, nosso céu.
E nunca saberemos viver em cidade de branco,
nem em suas terras pois somos filhos da Mãe Natureza,
criados e ensinados em seu seio a sobreviver.

Aonde escutarem o canto de um pássaro,
sentirem o cheiro da mata virgem,
e ouvirem o som das águas de um  Rio.
Eu estarei por perto …
Pois sou Eu o canto , a voz , o clamor da Amazônia …
Eu Sou a cor , o sangue , o rio, Sou a mata , Sou o rugido da onça.
Sou índio , Sou o negro , Sou Caboclo , sou a Voz e a Cara da Amazônia.
Sou a Identidade de um Povo, sou o verde e Amarelo de uma nação.

Até quando eu entrar em minha floresta
e houver caça para matar a fome de minha aldeia,
e eu remar em minha Canoa e houver peixes ,
e água para saciar a sede de meu povo.
Até quando meu maracá tocar meus ritos
e nós termos a alegria de dançar nossos rituais.
Continuaremos Lutando pelo que é Nosso,
pois saberemos que ainda não destruíste tudo.

Loucos…  Brancos verão que no fim Nós Estamos Certos.
Verão que a loucura de vocês não passa de um pedaço de papel,
e que meu Amor , meu verde, minha cultura , meu céu , rio,
meu povo , meus animais .
Não se pode comprar !
Verão no final que o que eu defendo é o Futuro de Todos Nós.


Anderson Vieira
Poeta Parintinense

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