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Indígena derruba o homem mais rico do País em ranking de empresários mais criativos 

19.01.2012

No Brasil, indígena derruba o homem mais rico do País em ranking de empresários mais criativos

Por ANTONIO CARLOS LACERDA
PRAVDA.RU

No Brasil, indígena derruba o homem mais rico do País em ranking de empresários mais criativos. 16283.jpegSÃO PAULO/BRASIL - A revista online Fast Company incluiu em sua lista dos 100 empresários mais criativos de 2011 o chefe Almir Narayamoga, da terra indígena Sete de Setembro, na divisa de Rondônia com Mato Grosso, que pertence ao povo Paiter.

Almir Narayamoga aparece na 53ª posição, à frente de Eike Batista (58ª posição), oitavo homem mais rico do mundo e o mais rico do Brasil, segundo a revista Forbes.

O indígena foi incluído no ranking, segundo a publicação, por ter implantado com o Google um sistema de monitoramento móvel do território indígena. Foram mapeados em três dimensões na ferramenta Google Earth, através de smartphones, os locais de caça, pesca e culto, árvores e locais sagrados e toda a área verde da terra indígena, na tentativa de conter e denunciar o desmatamento ilegal. O objetivo, conta Almir, é preservar a mata para poder entrar no mercado de crédito de carbono.

No mercado de carbono, cada tonelada de CO2 que uma entidade deixa de emitir na atmosfera dá direito a um crédito em dólares, que pode ser negociado com outras empresas ou na bolsa de valores.

Evitando o desmatamento e promovendo o reflorestamento contínuo, os paiter tentam garantir um estoque de carbono para venda, já que as árvores absorvem gases de efeito estufa e "economizam" em emissão de CO2. 
O chefe indígena diz que é mais um líder do seu povo do que um empreendedor. "Também tenho que pensar no futuro do povo paiter, e isso exige planejamento de todo um território, preservação da cultura, educação, saúde, alternativas econômicas, proteção ambiental, estudos e pesquisas para o desenvolvimento", afirma Almir. 
Amir relatou a história de seu povo ao Google durante uma visita a São Francisco, nos Estados Unidos, onde está o escritório do site.

"Perguntei como eles poderiam nos ajudar nesta proteção. Assim, marcamos uma entrevista de meia hora, acabei ficando quase três, e logo depois iniciamos a parceria", diz. A equipe do Google foi, então, a Cacoal, em Rondônia, para dar o curso de Novas Ferramentas aos índios.

Sobre a 53ª posição no ranking, à frente do empresário Eike Batista, que é o 58º, Almir disse ter ficado surpreso. "Até porque ele é muito rico e conhecido, eu sou apenas um indígena que luta pela proteção da floresta e pelo equilíbrio climático. Dá pra ver que o mundo está mudando e diminuindo o preconceito", diz.

O 1º lugar da lista da Fast Company coube ao jornalista Wadah Khanfar, da rede de notícias Al Jazeera, que cobriu a derrubada do ditador Hosni Mubarak do poder no Egito. Eike Batista é citado pelos investimentos que pretende fazer no Rio de Janeiro para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.

A lista ainda conta com outro brasileiro, o publicitário Nizan Guanaes, que quer elevar seu Grupo ABC do atual 20º lugar para o 9º no ranking de maiores agências do mundo antes de 2016.

ANTONIO CARLOS LACERDA é correspondente internacional do PRAVDA.RU 

Acessado em: 28/02/2012 às 19:57

Amazônia: investimentos para conservação

Da Agência Ambiente Energia- A Fase II do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, receberá incremento de US$ 15,9 milhões provenientes de doação do GEF (Fundo para o Meio Ambiente Global). O investimento anunciado pelo Banco Mundial na última semana ajudará a consolidar 95 unidades de conservação (UCs) e apoiar 17 processos de criação de novas áreas no bioma amazônico.
A doação do GEF/Banco Mundial é um importante complemento do volume total de recursos constituídos pelos demais parceiros e doadores do Arpa e é fruto de uma parceria, incluindo contrapartida dos governos federais e estaduais, estabelecida com o Programa desde 2002, informou o coordenador do Programa do MMA, Trajano Quinhões.O Arpa, iniciado em 2003 e com ações previstas até 2018, investirá US$ 395 milhões, sendo US$ 121 milhões na Fase II, atualmente em curso (2010-2015). O programa tem por objetivos a conservação de uma amostra representativa da biodiversidade no bioma Amazônia, dos ecossistemas e paisagens a ela associados e a manutenção de serviços ambientais nas regiões abrangidas pelo programa.
A meta do Arpa é proteger 60 milhões de hectares por meio do apoio à criação e consolidação de Unidades de Conservação (UCs) no bioma, expandindo e fortalecendo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), o que representaria hoje 39,6% de toda a área de UCs no país e 54,1% de toda a área de UCs no bioma Amazônia. Dos 60 milhões de hectares, o Arpa apoiará a criação de 45 milhões de hectares de UCs de uso sustentável e de proteção integral.
Acessado em: 27/02/2012 às 21:45