Rádio Web toada

22 de fevereiro de 2012

Destruição da Amazônia !




Invadiram minha terra.
Expulsaram-nos, me Humilharam.
O homem destruiu e destrói minha casa,
Mata meus irmãos e meus curumins.
Vivemos em terras que são nossas por direito.
Eles nos ameaçam só por que estamos 
morando e sobrevivendo onde eles não querem ,
dessas Terras eles querem ouro, 
pastos , fazendas e madeiras.
E Eu apenas viver
em paz , e harmonia com a Mãe Natureza !

O Homem Branco,
é um ser que só pensa em si,
Por isso quer nos tirar o que é nosso.
Já deixamos de ter todo país para eles,
e o que nos resta, ainda querem nos furtar.
Já se passaram mais de 500 anos.
E eles continuam não respeitando minha cultura,
nem a história de meu povo milenar.
Roubam meus sonhos,
E Calam minhas aldeias.
Sou desprezado,Sou índio,eles me detestam...

Até quando o sangue de meu povo escorrerá?
e se juntará ao rio do esquecimento ?
Eu só quero ser feliz , aonde Tupã me criou.
Meus animais sumiram e meu peixe já não se tem tanto,
as minhas belas aves se foram.
A fumaça sobe , então meu verde fica cinza.
meu rio sujo, chora.
Como doí imaginar que tudo isso esta tendo um fim.
Será o fim de minha existência se tudo isso acabar.

No momento em que a última Pena for arrancada , 
E a última Sumaúma: Tombar ,
Quando a última Garça: Voar.
E o último animal suspirar. 
E eu ser o Derradeiro.
Quando o meu Cocá não tiver mais Vida,
e suas cores Desbotarem ,
meu arco e flecha não servirem mais para caçar , 
Minha flauta não entoar mais a melodia da vida,
e meu tambor não tocar mais meu ritos ,
E pela manhã Eu não ouvir mais o canto do Uirapuru.
E o Orvalho não mais se deitar sobre a Minha Floresta.

Quando Eu sair remando em meu Rio,
Navegando nas águas do meu pensamento,
que só pensa em Respeitar a Vida.
E voltar sem peixes em minha canoa.
No momento em que Eu adentrar na minha selva,
e de lá voltar sem Caça.
Quando Eu olhar para o Céu,
e ver o cinza subindo. (a cor do desrespeito.)
E Eu Ouvir ao Longe não mais o som das minhas aves,
e sim o de moto serras que destroem minha Flora.

Pensarei…
- Acabaram com minha floresta
com meu pé de Bananeira.
Nos meus rios, eles Sujaram tudo,
mataram minha caça
e poluíram meu ar.
Eles Estão destruindo Tudo.

Quando isso acontecer!
Não terei mais animo para viver .
Então soltarei o meu arco e flecha , 
tirarei meu cocá, e estenderei minhas mãos ao céu.
Me porei de joelhos no solo sagrado,
já manchado de sangue pela morte de meus irmãos,
reunirei todo fôlego de meu pulmão,
já poluído pela fumaça do fogo que consome meu verde.
Bradarei com toda minha força ,
Clamarei pela Fauna , Suplicarei pela flora.
Implorarei pelos meus irmãos da floresta.
Socorro !!!

Minhas lágrimas então rolarão junto as minhas Esperanças
E hão secar em minha terra.
E então meu ar faltará aos poucos,
assim como aos poucos, o homem me matou.
Então morrerei ... 
Por que puseram fim aos motivos …
Pelo qual Eu Existia !


Anderson Viera
Poeta Parintinense

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